A sigla em inglês para Environmental, Social and Governance (ou Ambiental, Social e Governança, em português) funciona como um selo das ações de empresas com projetos socioambientais importantes. E o interesse por investir em empresas que adotam os critérios da sigla é crescente no mundo todo.
Ele avalia as operações das principais empresas conforme os seus impactos em três eixos da sustentabilidade – o Meio Ambiente, o Social e a Governança.
O critério de Meio Ambiente vê como a companhia atua na gestão da natureza.
O Social examina se a organização viola direitos humanos universais, monitorando as relações da empresa entre trabalhadores, os fornecedores e as comunidades onde atuam.
Já a avaliação da Governança envolve práticas de gestão empresarial ligadas ao combate à corrupção e ao compliance.
O índice é erigido sob a mesma base de valores pregados pelos dez Princípios do Pacto Global para o desenvolvimento sustentável integral.
O selo existe desde o início de 2005 e foi criado pelo então secretário-geral da ONU Kofi Annan. Mas a sigla ganhou projeção em 2019, após 181 CEOs das maiores empresas do mundo se comprometerem a priorizar o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social corporativa.
A partir daí, o assunto ganhou relevância e desde então, na hora de comprar ações, aplicar em fundos de ações, de renda fixa ou em outros ativos, os investidores têm dado cada vez mais importância aos critérios ESGs, unindo, dessa forma, um bom retorno financeiro ao investimento consciente.
Especialistas defendem que as empresas que não se adaptarem a esse novo paradigma poderão enfrentar dificuldades em seus negócios, desde a captação de recursos, ao posicionamento de marca, fidelização de clientes e até mesmo retenção de talentos.
Isso é muito importante, para que as empresas se atentem aos impactos de suas operações e adotem medidas que alcancem um corporativismo mais consciente. Ignorar essa chamada é lidar com dano à imagem da marca e o consequente descontentamento de seus próprios clientes, que exigem cada vez mais do setor privado o compromisso real com o desenvolvimento sustentável antes de consumir os produtos e serviços.